domingo, 15 de setembro de 2013

Diabetes Melito Tipo 1 e Tipo 2

O diabetes melito é uma doença crônica de deficiência ou resistência à insulina, na qual distúrbios no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras provocam hiperglicemia (aumento do níveis glicêmicos). 50% dos indivíduos afetados não são diagnosticados. O diabetes melito dobra o risco de um indivíduo desenvolver cardiopatia. Especialistas no assunto estimam que quase 99% dos desfechos do diabetes dependem do paciente. De modo que a orientação aos pacientes a terem bons hábitos alimentares dá a eles uma excelente chance de evitar as complicações do diabetes.
Em 1997, a American Diabetes Association (ADA) e a organização Mundial da Saúde (OMS) revisaram o sistema de classificação do diabetes: Tipo 1, Tipo 2, Diabetes gestacional e alguns tipo específicos. Neste post iremos falar sobre dois tipos: 

Tipo 1 (diabetes melito insulino-dependente ou DMID)
Representa aproximadamente 5% a 10% dos casos de diabetes, pode ocorrer em qualquer idade;
entretanto, costuma ser detectado antes dos 30 anos de idade nas pessoas com peso normal ou abaixo do peso.
Neste tipo de diabetes, a supressão ou destruição das células beta do pâncreas (que produzem insulina) compromete a produção de insulina, impedindo o metabolismo normal dos alimentos. Em vista disso, os níveis glicêmicos sobem e as células não conseguem utilizar glicose para energia. Finalmente, a glicose vai para a urina. A ausência de insulina provoca a formação de corpos cetônicos (cetose). A cetose, a menos que seja tratada, reduz o pH sanguíneo, resultando em cetoacidose diabética, uma forma potencialmente fatal a acidose metabólica.
Tratamento farmacológico: O paciente precisa receber injeções subcutâneas ou IV de insulina para sobreviver. O tratamento exige um esquema rígido que inclui injeções diárias de insulina juntos com a dieta cuidadosamente balanceada, atividade física planejada e avaliação dos níveis glicêmicos realizadas em casa várias vezes ao dia.
Tratamento nutricional: A maioria dos pacientes com diabetes do tipo 1 apresente peso normal e deve consumir calorias suficientes para mantê-lo. É essencial ingerir uma cota adequada de carboidratos. Os objetivos dos carboidratos devem ser estabelecidos para cada refeição e lancha, e o paciente deve tentar atingir os objetivo estabelecido na refeição. 
- Limite o consumo de colesterol a 300mg/dia para reduzir o risco de cardiopatia.
-Não tenha medo do açúcar - mas use-o com cautela. O açúcar não é mais um tabu para os diabéticos; ele pode ser substituído por outros carboidratos, desde que a dieta total seja saudável.
-Limite o consumo de sódio de 2 a 4g/dia para ajudar no controlo da pressão sanguínea e manter a saúde cardiovascular.
-Consuma vários tipo de proteínas magras, tais como carnes magras, peixes, aves, tofus, clara de ovo, laticínios com baixo ter de gordura.
-Consuma 20 a 35 g de fibras diariamente para ajudar a evitar constipação e reduzir os níveis de colesterol.
-Consuma vegetais e frutas secas - mas não sucos de frutas, que apresentam alto teor de açúcar.
-Limite o consumo de álcool a duas doses diárias, e somente se os níveis glicêmicos estiverem bem controlados. Para evitar hipoglicemia, sempre consuma alimentos junto com as bebidas alcoólicas.
-Coordene o horário das refeições com o esquema e tipo de insulina.

Tipo 2 (diabetes melito não insulino-dependente ou DMNID)
É a forma mais comum de diabetes no adulto. Essa condição está associada a múltiplos fatores,
incluindo história familiar da doença, idade avançada, obesidade e sedentarismo. O diabetes do tipo 2 é a mais comum nos negros, hispânicos e índios norte-americanos.
Especialistas no assunto identificam três etiologias para o diabetes tipo 2: resistência à ação da insulina nos tecidos-alvo; secreção anormal de insulina e gliconeogênese inadequada (formação de carboidratos a partir de moléculas que não são de carboidratos). A resistência a insulina e a secreção inadequada de insulina acabam comprometendo a tolerância à glicose. O pâncreas simplesmente não consegue produzir insulina suficiente para impulsionar a glicemia e outros nutrientes para os tecidos corporais e interrompe a produção hepática de glicose.
Tratamento farmacológico: O controle alimentar e a prática adequada de exercício podem controlar adequadamente a glicemia. De outra forma, o paciente pode necessitar de insulina ou, mais comumente, de hipoglicemiantes orais. Esses agente incluem: sufoniluréias; metformina; inibidores alfa glicosidase e sensibilizadores à insulina. Alguns pacientes podem receber combinações dessas drogas.
Tratamento Nutricional: O indivíduo deve manter a nutrição adequada enquanto atinge ou mantém um peso razoável e níveis glicêmicos e de colesterol normais. Se estiver acima do peso, a dieta deve promover perda ponderal. É recomendado a restrição calórica limitada (250 a 500 menos que o consumo diário médio); redução no consumo de gordurar totais, em especial gorduras saturadas e aumento de atividade física.
-Obtenha cerca de 50% das calorias diárias totais de carboidratos complexos, incluindo vegetais, frutas (mas não sucos de frutas), grãos, pão integral, feijões e outros legumes.
-Aproximadamente 12 a 20% das calorias diárias devem ser provenientes de proteínas (menos se houver doença renal).
-Coma vários alimentos com proteínas magras, tais como carnes magras, peixe, aves, tofu, clara de ovos e laticínios com baixo teor de gordura.
-Limite o consumo de gorduras totais para menos de 30% das calorias diárias, com menos de 10% das calorias provenientes de gorduras saturadas.
-Corte os açucares simples concentrados, como sacarose, mel, sucos de frutas ou xarope de milho.
-Consuma muitos vegetais e frutas secas.
-Servir as refeições no horário adequado para ajudar a evitar níveis glicêmicos extremo. Coma antes de sentir fome, em geral leva a escolhas melhores do que quando se está faminto.
-Assim como a diabetes do tipo 1, limite o consumo de álcool a duas doses diárias, e somente se os níveis glicêmicos estiverem bem controlados.

Para ter uma dieta exata e exclusiva à você de acordo com seu estilo de vida, procure um nutricionista; o profissional capacitado para te orientar!!!





Referências
Série incrivelmente fácil- Nutrição. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2003.

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