quinta-feira, 21 de maio de 2015

Dieta Zero Glúten. Emagrece?


Hoje em dia temos vááários tipos de dietas disponíveis na internet, em revistas, na televisão, etc. Dieta disso, dieta daquilo, e várias delas viram moda e o pessoal adora novidade né. Uma dieta que faz muito sucesso principalmente entre os famosos e que antes era usada somente para quem tem doença celíaca por causa da intolerância ao glúten, é a chamada dieta "Zero% glúten" que como o próprio nome diz é uma dieta isenta de glúten, que como todas as outras dietas prometem emagrecer em um piscar de olhos.

Mas será mesmo? Bom, mas o que que é glúten e doença celíaca? A Doença Celíaca é uma doença autoimune desencadeada pela ingestão de cereais que contêm glúten por indivíduos geneticamente predispostos. Além do consumo do glúten e da suscetibilidade genética, é também necessária a presença de fatores imunológicos e ambientais para que a doença se expresse1.
O tratamento da doença celíaca é fundamentalmente dietético. Consiste na exclusão do glúten. Para garantir uma dieta isenta de glúten, o celíaco deve sempre conhecer os ingredientes que compõem as preparações alimentares e fazer leitura minuciosa dos ingredientes listados nos rótulos de produtos industrializados. Os celíacos relatam que a oferta de alimentos sensorialmente apropriados é restrita, o que torna a dieta monótona, e que os produtos disponíveis no mercado são normalmente de alto custo.
O glúten é uma substância elástica, aderente, insolúvel em água, responsável pela estrutura das massas alimentícias. É constituído por frações de gliadina e de glutenina, que, na farinha de trigo, totalizam 85% da fração proteica. Forma—se pela hidratação dessas proteínas, que se ligam entre si e a outros componentes macromoleculares por meio de diferentes tipos de ligações químicas. O trigo é o único cereal que apresenta gliadina e glutenina em quantidade adequada para formar o glúten. No entanto, essas proteínas podem ainda estar presentes em outros cereais, como cevada, centeio e aveia, nas formas, respectivamente, de hordeína, secalina e avenina.
A doença celíaca se manifesta por meio do contato da gliadina com as células do intestino delgado, provocando uma resposta imune a essa fração, com a produção de anticorpos. O consumo de cereais que contêm glúten por celíacos prejudica, frequentemente, o intestino delgado, atrofiando e achatando suas vilosidades e conduzindo, dessa forma, à limitação da área disponível para absorção de nutrientes².
Pode potencialmente afetar qualquer órgão e não apenas o trato gastroentérico. Sua eclosão e o aparecimento dos primeiros sintomas podem ocorrer em qualquer idade e variar entre indivíduos, inclusive no mesmo indivíduo em diferentes fases da doença, o que dificulta o diagnóstico³.
Não há qualquer evidência de que o glúten engorda, o que sabemos é que o glúten está presente em fontes do carboidrato, e é ai que está o que pode engordar, pois o carboidrato é muito calórico, e a exclusão do glúten da dieta consequentemente irá excluir vários alimentos que contenham o carboidrato. 
Se mesmo assim você quiser excluir o glúten da sua dieta, pode ir em frente, não faz mal, ele não é indispensável para o nosso organismo, aliás, em relação ao glúten não vai fazer diferença nenhuma. Mas cuidado cuidado para não cortar totalmente o carboidrato que é uma importante e umas das principais fontes de energia para o nosso organismo.
O importante é seguir uma dieta balanceada, com quantidades de carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais corretos, contendo glúten ou não (a não ser que você tenha doença celíaca, porque ai tem que cortar o glúten). Para isso procure um nutricionista, e não fique seguindo dietas da moda. Sua saúde agradece!!











1. Sdepanian VL, Morais MB, Fagundes-Neto U. Doença celíaca: a evolução dos conhecimentos desde sua centenária descrição original até os dias atuais. Arq Gastroenterol. 1999; 36(4):244-57. 
2. Thompson T, Dennis M, Higgins LA, Lee AR, Shavrett MK. Gluten-free diet survey: are Americans with celiac disease consuming recommended amounts of fibre, iron, calcium and grain foods? J Hum Nutr Diet. 2005; 18:163-9.
3. Pratesi R, Gandolfi L. Doença celíaca: a afecção com múltiplas faces. J Pediatr. 2005; 81(5): 357-8. 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Industria diminui quantidade de sódio de alimentos

Entre os anos de 2011 e 2012 a industria de alimentos reduziu mais de 1,2 mil toneladas de sódio retirados do pães de forma, bisnaguinhas e macarrões instantâneos, graças a um acordo de cooperação entre o Ministério da Saúde e a Abia (Associação das Industrias da Alimentação).
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a redução é satisfatória para um primeiro ano de acordo. "Com apenas três tipos de alimentos, já conseguimos retirar mais de 1,2 mil toneladas de sódio das prateleiras. Esperamos chegar a 28 mil toneladas em 2020 e, com isso, reduzir as mortes por acidentes vasculares cerebrais em 15% e os óbitos por infarto em 10%."¹O Sódio está presente no sal de cozinha e é responsável por agravamento da hipertensão arterial, pedras nos rins, insuficiência renal, aumento de chances de doenças autoimunes, agravamento da osteoporose, afeta o paladar e acelera o envelhecimento.
O ideal é que seja consumido 2 g de sódio por dia, o que equivale a 5 g de sal, e o brasileiro ingere em média 10 g de sal por dia, o dobro do recomendado.
Entre os alimentos industrializados com mais sódio estão o macarrão instantâneo, temperos e caldos, sopas instantâneas, congelados, bolachas e conservas. O ideal é reduzir ao máximo alimentos industrializados da sua dieta, e investir em alimentos mais naturais que são muito mais saborosos e contém quantidades pequenas de sódio.








¹http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2014/08/12/industria-de-alimentos-retira-12-mil-toneladas-de-sodio-de-produtos.htm